Prazer...Aprendendo a ser Dona Célia!
E vamos à história! João Paulo, 22 anos, motoboy, cursando a faculdade de engenharia civil, segundo filho de Dona Célia, tendo mais dois irmãos, Jussara a mais nova e Juliano o mais velho.
João Paulo, não diferente dos irmãos, era responsável e com seu salário conseguia ajudar a mãe, viúva, a manter a casa e o resto, pagava meia bolsa dos estudos. Começava o dia no trabalho às 7:00 e seguia até as 16:00. Era autônomo, mas já tinha seus clientes diários, já que morava na capital mineira.
Por volta das 16:30 ele chegava em casa, tomava seu banho e ia direto para o seu Notebook estudar pra aula do dia. Dado 18:30, ele seguia pro seu curso, voltando pra casa as 23:00. Bom, numa dessas noites, houve uma rebelião perto de onde João Paulo estudava e muitos detentos conseguiram fugir. No entanto, a polícia local foi à caça desses fugitivos, perguntando aos moradores se viram alguém suspeito. Resultado:
Um dos moradores viu João Paulo como um dos fugitivos.
Feita a denúncia, João Paulo foi abordado e, por ironia do destino tinha o nome parecido com um dos suspeitos: JOÃO PAULO SOUZA E SILVA.
Infelizmente, mesmo João Paulo dizendo não ser um suspeito, ele foi encaminhado à delegacia com o cidadão que dizia ter certeza dele ser sim um fugitivo, tendo reconhecimento e tudo.
João Paulo mesmo relutante, ligou pra mãe que imediatamente conseguiu um advogado que provasse a inocência do filho. Com uma semana o advogado mesmo com todas as provas, não conseguia o Habeas Corpus pelo fato de ter uma testemunha ocular, dizendo que ele era sim culpado. Correram mais um mês pra que tudo ficasse esclarecido e finalmente a soltura veio.
Como ficou João Paulo?
Abalado, injustiçado e acima de tudo, mesmo provando sua inocência, ficou marcado por essa experiência numa penitenciária que ele só via na TV. Mas com a família maravilhosa que tinha, conseguiu superar esse fatídico dia, retomando seus projetos e planos.
- "Mas Claudinha, a polícia foi errada"!
Não, eles não foram.
Eles seguiram o protocolo e fizeram seu trabalho.
Errado foi o homem que mesmo não tendo certeza, só porque morava próximo ao presídio, insistiu em dizer que ele era fugitivo.
E o João Paulo não o processou?
Não, porque dona Célia pediu que não o fizesse.
Só quis que de coração, ele se retratasse pelo que o mesmo fez ao filho dela.
Sabem quantos homens desse temos hoje em dia? MILHARES,MILHÕES...
Sabe quantos Joãos Paulos temos hoje em dia? MILHARES E MILHÕES.
E quantas Donas Célias temos hoje em dia?...
Deixo pra vocês responderem essa.
Só espero nunca agir como esse homem, sofrer como o João Paulo, mas quero ser uma Dona Célia.
Não por ser boba ou boazinha, mas pra aprender a ser superior a qualquer maldade alheia.
Para aprender que quando falo sobre alguém, eu preciso me policiar, porque em questão de segundos, posso acabar com a vida de alguém e/ou a da sua família.
A mesma língua que edifica, destrói.
E você, como tem usado a sua?
Quem leu até aqui...
Beijos de luz da Claudinha!