Temores são como espinhos
Na carne viva de quem sente
Mas é a alma que começa sangrar,
Temo pela arrogância alheia,
Na incongruência dos fatos,
Todos os pre-julgamentos que há,
Temo as derrotas ocasionadas
Os espelhos côncavos quebrados
Que distorcem a minha imagem por lá;
Tenho medo de revelar o sorriso
Fratura exposta que tenho no rosto
E por vezes não sei a quem mostrar,
Tenho andado somente pela sombra
Escondendo a íris ofuscada
Inserida em meu globo ocular,
Todavia, chorar é algo que faz parte
Pois os olhos são os poros da alma
Quando a tristeza a faz transpirar,
E nenhum cisco pode servir como desculpa
Para os olhos que choram de amargura
Colírio algum pode aliviar.
Por Júnio Liberato